Padre António Vieira nasceu a 6 de Fevereiro de 1608 numa casa humilde, na Rua do Cónego perto da Sé, em Lisboa. Com seis anos de idade foi para o Brasil com os seus pais.
Estudou na única escola da Bahia, o Colégio dos Jesuítas em Salvador. Consta que não era um bom aluno no começo, mas depois tornou-se brilhante.
Em 1623 sente vocação religiosa e entra para a Companhia de Jesus. Em 1624, dá-se a invasão holandesa, os jesuítas e Vieira, refugiam-se numa aldeia do sertão.
Em 1633 prega pela primeira vez e em 1635 é nomeado sacerdote. Vieira tinha contra si a pequena burguesia cristã e os pequenos comerciantes, pois, Vieira defendia o capitalismo judaico, os cristãos-novos, era a favor de um monopólio comercial e defendia os povos indígenas.
Essas posições, principalmente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma condenação pela Inquisição.
Vieira é preso de 1665 a 1667. Em Dezembro de 1667, o tribunal do Santo Ofício dita a sentença condenatória de padre António Vieira, fica privado para sempre de voz activa e passiva e do poder de pregar, e recluso no Colégio ou Casa de sua religião, que o Santo Ofício lhe ordenar. Não é autorizado a ir para o estrangeiro para que não possa atacar a Inquisição.
Em 1669, chega a Roma, prega vários Sermões que lhe dão grande notoriedade na Corte Pontifícia e na da Rainha Cristina, combate os métodos da Inquisição em Portugal, defende novamente os cristãos novos e em 1679 publica o primeiro volume dos Sermões. Possuía cerca de 500 Cartas que foram publicadas em 3 volumes. Suas obras começaram a ser publicadas na Europa, onde foram elogiadas até pela Inquisição. A 10 de Junho, já velho e doente, perdeu a voz.
Morre a 17 de Junho de 1697, com 89 anos, na cidade de Salvador da Bahia.
A Obra de Padre António Vieira pode dividir-se em: profecias, cartas e sermões.
Os sermões mais importantes são: "Sermão de Santo António aos peixes", "Sermão do bom ladrão", "Sermão da Quinta Dominga de Quaresma" e "Sermão de Sexagésima".